sábado, 29 de agosto de 2009

Botas, Fuzis, Capacetes

Quando eu tinha uns 9 anos, eu lembro que todo mundo gostava disso:












Para o desespero da minha mãe, eu gostava disso:


Acredito que muitos hoje vão se identificar com o assunto que vou tratar.

Gostos musicais diferentes da maioria.



Todo moleque na escola cantava thriller, bad, pais e filhos, faroeste caboclo, umas baboseiras do caetano e gil, vou de taxi, dominó e não se reprima.

Eu cantava Botas, Fuzis, Capacetes

Talvez porque quando eu era criança meu sonho era ser soldado e quase todas as minhas brincadeiras envolviam guerra, e eu dava tiros com meus comandos em ação cantando Botas, Fuzis, Capacetes.

Quando eu cresci um pouco, os comandos em ação ficaram, mas o gosto pelo punk rock e suas vertentes continuaram. Passei a gostar de outros estilos de rock também, mas o punk sempre foi meu favorito. É uma reação quase visceral. No começo do ano eu fui com minha irmã (que não era nem nascida quando eu ouvi Botas, Fuzis, Capacetes pela primeira vez) num show do Ratos do Porão aqui em Campinas e fui pro meio da roda, parecia que tinha 15, 16 anos de novo. É o som que te leva.

Eu encontrei um velho amigo nessa sexta, e a gente lembrou um pouco do tempo de adolescente, dos shows e da bagunças movidas a olho seco, garotos podres, raimundos, inocentes, replicantes, gritando hc e ramones.

Eu daria um rim tranquilamente pra voltar durante um dia pro final dos anos 90, quando eu, o Bill e o Gordo saiamos pelas ruas de Campinas bebendo, bagunçando e cantando.

Quando todos nossos problemas e dores de cabeça acabavam num Velho barreiro e em Botas, Fuzis, Capacetes.

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