quinta-feira, 27 de maio de 2010

Livros, livros e mais livros

Olá pessoal, enquanto não sai o dragão responde, vou escrever um pouco pra vcs.

Hoje vamos falar de livros. É incrivel quanto a experiencia da leitura pode ser dignificante nesse nosso mundinho de internet alienante. Então levante a bunda obesa, saia da frente do pc e vá ler um livro!!

Eu confesso que sou tarado por letrinhas, daqueles quem lêem a tabela nutricinal da caixa de sucrilhos no café da manhã. Imagina quando me deparo com algumas centenas de paginas, prontas para serem devoradas...

Eu acabei de ler "O simbolo perdido" de dan brown, ele obviamente é inferior ao " anjos e demonios" e ao "codigo da vinci" mas tem com certeza o final mais legal de todos. Eu adoro as obras do Dan Brown, não pela história em si, mas pelas referencias. O cara certamente pesquisa infinito antes de escrever, e isso é uma coisa que eu valorizo imensamente.

Eu gosto de leituras inteligentes, independente do tema. Prefiro infinitamente ler "O cachorrinho samba na montanha" que o livro do Jorge Lafond falando dos famosos que comeram a bunda dele. Um livro é uma coisa para a eternidade, o que está ali vai ser lido para sempre. Independente de ser uma grande pesquisa como os livros do Dan Brown, ou viagens sarcásticas como "O Cordeiro - o evangelho segundo Biff, o brother de infancia de Cristo" de Christopher Moore, nada me prende a atenção como a inteligencia contida nas obras.

Esse ultimo merece um destaque todo especial. Se você tiver oportunidade, leia, independente de sua religião.

" Minha mãe fez cara feia, então significa que deve ser uma boa sátira "

A minha mãe tem um sexto sentido que detecta quando uma satira ou piada sobre Jesus é boa. Basta ver se ela fez cara feia.

O livro em si é uma obra prima da literatura satirica.Ele retrata a adolescencia de Jesus, atraves da narrativa do ficticio Biff, que seria amigo de Jesus e acompanhante nas suas viagens em busca de conhecimento sobre o mundo e sobre seu papel de messias.

Apesar do tema delicado, o livro não é de forma alguma ofensivo a qualquer forma de cristianismo, sem perder otimas piadas por isso.

Passando pro lado Nerd da força, me lembro da minha adolescência e as grandes obras que marcaram. O guia do mochileiro das galaxias (aliás, ontem foi o dia da toalha), as cronicas de Dragonlance, as obras de Tolkien, Musashi, fora uma infinidade de livros de RPG, de tagmar a AD&D, de Desafio Dos Bandeirantes a " Tokyo by night" e "Guia completo do sabá"

No lado RPGistico, quero destacar duas obras que me marcaram: a primeira era um suplemento de World of darkness chamado de "Kindred Most Wanted" que trazia a lista vermelha, um compilado sobre os treze vampiros criminosos mais procurados do RPG "Vampiro: A Mascara"
Eu realmente fiquei fascinado pela riqueza da historia dos personagens, os motivos da inclusão na lista, o funcionamento do grupo Alastor e outros detalhes que giravam em torno da lista, a ponto de eu querer girar minhas campanhas em torno da lista vermelha (coisa que meus jogadores na época não gostavam muito) e vira e mexe envolvia um procurado.

O segundo suplemento da minha vida foi o "Gurps Viagem no Tempo" Eu sempre gostei de variar os cenarios de jogo, a ponto do meu grupo de adolescencia jogar 5, 6 campanhas simultaneas. Com o viagem no tempo eu tive oportunidade de unificar tudo e usar uma das coisas mais importantes da minha vida: a História (pra quem não sabe, eu fiz História na faculdade)

O texto já está meio longo, então vou parando por aqui. Certamente voltaremos a falar de livros

Cada dia surge uma nova obra pra gente admirar, absorver, curtir. Eu quero muito falar de livros ainda.

E olha que eu nem cheguei em Verissimo e Rubem Alves.

See you, space cowboys

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ode À loucura humana

No alto do morro passarinhos derrapavam, nem viram o gatinho esconder toda a bagaça, que por dentro da cabaça aninhou-se e faleceu.

Pudera, afinal ratazana na calça alheia coça só mesmo de olhar, e entre mordidas e guinchos foi buscar a bicicleta, que no quadro quase reta não anda somente desanda.

Pedalinho nunca mais, bradaste ao meio dia, como se ao mundo dizia com uma baita dor na coluna e cabeça cheia de nó que nem em pingo d´agua se dá, por causa do pacotinho que ficou la no terreiro homem bravo se encolheu e boa-vida lamuriou.

Afagaste o cair da tarde no celeiro das doninhas, cogumelos se partiram por entre os carcamanos, com gestos tão desumanos que assustam em rima e prosa, e abastam da colheita o sal que semeia a terra findando mais um pedaço esterelizado dessa vida.

Mordiscada a semente de tão breve infortunio, que riem num mesmo lamento e choram no riso louco e tão breve e por tão pouco barulhinho logo esvai.

Palavras colhidas ao vento diminuem meu tormento por longe da coisa estar, brilhantismo quase opaco que arranca os tufos e os nacos de enxame de cardumes que não existe, existirá.

Em paroulas sem sentidos, em breves rimos fluidos de mente nem sempre sã, esbravejo estas linhas que nunca serão mesquinhas mas quase que indecifraveis, nem tampouco são afaveis a quem arrisca prescurtar.

O lamento enfim se esvai e a navalha que cai, a cortar o tal gatinho, que fez da cabaça o ninho, sepulto de quem se foi.

Insana é a semente de toda essa gente que vive desmantelada, rindo sempre por rir, ceticismo do universo, tão insano quanto o verso que nunca fora escrito, e que enfim admito, brotou como erva daninha, debaixo de uma sombrinha de pura malucolência, que sempre vai dar sequencia a viagens solitárias.

E acabou.